todo carnaval tem seu fim.
mas em nossos corações ficam os perdigotos da perdição, as águas da sarjeta repletas de leptospirose, a pneumonia, os amores fugidios e a nostalgia de uma alegria específica que não nos é concedida em outras épocas do ano.
e o confete continua caindo, grudando nos cílios postiços. e a serpentina continua sendo mal arremessada, atingindo a cabeça de algum desavisado no meio do bloco. e as pessoas seguindo em marcha coletiva rumo a lugar nenhum, apenas pulando e balbuciando palavras aleatórias no lugar das letras das marchinhas.
nem tudo na vida tem fim.
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