quarta-feira, 30 de abril de 2008

dura de matar 3 - a pequena miraculosa

em vinte e oito de abril de dois mil e oito, foi anunciada a misteriosa 'ressureição' da jovem semi-ruiva que havia sucumbido indignamente semanas antes, em decorrência do seu amor sem limites pela vida selvagem.

ná pô, que está com a saúde estável e dotada de plena consciência, conta que após acariciar alguns de seus vinte e quatro bichanos desprovidos de pêlos, resolveu recostar-se em seu trailer para descansar, pensando em como seria pitoresco lançar-se aos céus fazendo uso de nada mais que balões de gás hélio, para que além de voar, pudesse sugar o conteúdo de algumas bexigas e cantar com a voz realmente fina em alturas inimagináveis.

entregou-se ao agradável sono do meio da tarde para, então, despertar dentro de um caixote sufocante de madeira. Seu desespero, no entanto, não durou muito. Logo lembrou-se de que em um de seus bolsos carregava um pequeno recipiente com diversos espécimes de cupins adestrados, pois que estes insetos haviam tornado-se objeto de sua paixão excêntrica nas últimas semanas. libertou-os e imediatamente trataram de comer toda a madeira em menos quarenta e oito horas, num exímio trabalho em equipe.

de volta à vida, ná pô vagou a esmo coberta de terra e em trajes maltrapilhos por dias, balbuciando palavras desconexas e repetindo para si mesma: 'eu quero melão, eu prefiro melão', já que mamão nunca havia sido seu forte.

retornou ao lar, para aplacar a fúria de sua prole descontrolada, que lutava como se não houvesse amanhã pelo legado de valor inestimável que deixara, já que a mistura das duas fatias de queijo minas apodrecidas com urina de morcego e asas de libélula, havia criado uma iguaria saborosa jamais vista antes no mundo dos laticínios.

apesar do transtorno familiar, ná pô fez fortuna e hoje usufrui de uma vida abastada. Dizem à boca miúda que ela anda por aí proferindo: 'jamais morrerei de zoonose novamente!".

bem vinda de volta à vida, minha cara. são estes os votos de jugón e família.


quarta-feira, 16 de abril de 2008

a lascívia segundo jesus cristo

“estudo completo sobre fornicação: o dicionário silveira bueno define como sendo praticar ato sexual. o dicionário vine define assim: intercurso sexual ilícito.

fornicação, quem comete? todo aquele que pratica relação sexual fora do casamento. ou seja: namorados e noivos não podem cometer o ato sexual pois senão serão fornicadores.

o que a bíblia fala a respeito dos fornicadores? ap 21:8 - 'mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte'.

casais que moram juntos sem estarem oficialmente casados, também estão em fornicação. se a pessoa morre em fornicação ela vai para o inferno. se jesus voltar, o fornicador não é arrebatado”.

o sexocristao.com sempre faz com que oterceiromamilo torne-se reflexivo. nós, da equipe da extra-teta, admiramos o trabalho de pesquisa dos autores dos artigos, constantemente fundamentados no livro sagrado e em dicionários de procedência obscura.

temos um distindo apreço por citações bíblicas plenas de sentido, tais como a supramencionada, em que dizem que um indivíduo tímido ou incrédulo arderá nas chamas mal-cheirosas do inferno junto aos que cometeram crimes hediondos. até porque, convenhamos, está tudo no mesmo patamar de infâmia.

cremos que aquele que morre fornicando deveria ter uma penitência pós-vida bastante severa, assim como o tímido que morre enquanto gagueja e toma coloração avermelhada apresentando uma palestra ou como um feiticeiro que morre praticando ciências ocultas munido de galinhas, sapos, tufos de cabelos de virgens e dentes-de-leite de crianças-prodígio.

oterceiromamilo aprova e recomenda a leitura do sexocristao, para que não ocorram equívocos na prática de atos libidinosos. esperamos, desta forma, que todos os atos sensuais estejam de acordo com as leis celestiais. só jesus salva.

fica aí a dica: http://www.sexocristao.com/


terça-feira, 15 de abril de 2008

o dia em que a pequena ruiva sucumbiu

aqui jaz ana paula monte, uma mulher de atitudes complexas e vida fácil. desde sua mais inocente infância amava os animais e dedicava horas dos seus dias a acariciar tetas asquerosas de mamíferos domésticos, além de prender mariposas em latas de lixo durante a noite para assustar seus familiares na manhã, quando desavisadamente jogavam o primeiro papel higiênico usado do dia no tal recipiente.

ironicamente hoje, aos cinqüenta e cinco anos de idade, a pobre mulher veio a óbito em decorrência de uma zoonose adquirida de forma não comprovada. exames atestam que a procedência adveio de algum animal silvestre, dada sua inclinação por aventurar-se na natureza selvagem e interagir com a fauna e flora locais.

assim, com esta morte inesperada e sem honra, ná pô, como era conhecida em seu círculo íntimo, deixa para sua vasta prole nada mais que um trailer escassamente mobiliado, duas dúzias de gatos sem pêlos, seis periquitos, oito libélulas, um morcego, uma coleção de bonecas russas de camelô e duas fatias de queijo minas.

espero que em seu descanso etéreo encontre a paz que jamais encontrou em vida.

repouse com o sossego dos céus.

com amor, jugón.


sexta-feira, 4 de abril de 2008

a mística dos galináceos

o mistério da criação por thomas green morton, o 'homem do rá':

"vou pegar um ovo fecundado, colocar a gema e a clara num prato e, em trinta minutos de energização, vou criar um pintinho".


terça-feira, 1 de abril de 2008

mumu da mangueira


nego véio quando morre (os originais do samba)

quando eu morrer quero ir de fralda de camisa
defunto pobre de luxo não precisa

cinquenta velhas desdentadas e carecas
hão de ir à frente tocando rabeca

e um velho bem barrigudo
ir lá na frente tocando no canudo

quatro velhas que forem de balão
irão segurando nas argolas do caixão